Trapalhadas na justiça portuguesa

Em Portugal, republica das bananas à beira mar plantada, continuamos, dia após dia a sofrer do mesmo, trapalhadas e mais trapalhadas.

Para surpresa minha, o processo "Casa Pia" chega ao fim de uma primeira fase, com condenações!! Sinceramente, eu, como muitos portugueses, não estávamos à espera das condenações, como não esperamos que algum dos réus vá cumprir pena efectiva, ou seja "cadeia", "xilindró"...

Comoveram-me as palavras da Ex-Provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, quando disse que o facto de terem sido condenados por um tribunal, é suficiente, em parte concordo com ela.... vejamos... num pais onde se rouba à vista de olhos, onde são provados esquemas fraudulentas envolvendo políticos e os seus amigos, ninguém vai preso nem é castigado, pelo menos aqui estes senhores foram desmascarados, acusados, e condenados publicamente num tribunal. Mas, como cidadão e como pai, é para mim inconcebível que esses senhores, que passaram de "alegados", para "pedófilos condenados", depois de praticarem, e serem condenados por um crime tão hediondo como o cometido, no mínimo, não cumpram penas na cadeia.

Pelo que tenho lido nos últimos dias, pelos vistos vamos ter novidades quanto aos outros implicados não pronunciados, e que ficaram "de fora" do processo. O que deveras desejo é que, independentemente de quem seja, da sua cor politica ou estatuto, sejam de uma vez por todas investigados, descobertos, e no caso de provado serem condenados como estes de agora. Não acredito que uma rede como a que existia tivesse tão poucos intervenientes.

Para que a justiça portuguesa fique deveras credibilizada, para que os cidadãos portugueses mudem a sua opinião para com esta, é necessário de uma vez por todas, a resolução/esclarecimento de processos como o referido, e ainda os pouco esclarecidos, "Freeport", " Face Oculta" (..de oculto não tem nada, são bem conhecidas as faces que o compõem). 

Como dizia Sócrates (o filosofo, que não aja confusões)..."Três coisas devem ser feitas por um juiz : ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente."