Aí estão as greves...

Começo este post com uma frase, que descobri um destes dias, escrita por Juan Luís Lorda (Espanhol, Sacerdote e professor universitário) que diz .."A nossa liberdade não é absoluta. Quando viemos ao mundo, ele já existia, com as suas leis, as outras pessoas, etc. Temos uma liberdade condicionada por tudo o que existe além de nós".Isto para explicar o que sinto em relação às greves...

Se pensar-mos um pouco e se analisarmos o que se tem passado em Portugal no pós 25 de Abril, concluímos que efectivamente quem faz as greves nem sempre é quem terá mais razão para as fazer, ou até mesmo quem moralmente e com sentido de responsabilidade o deveria fazer. Concretizando a minha ideia..... numa sociedade onde impera a liberdade, concordo plenamente que todos teremos o direito de nos manifestar-mos contra o que está mal, de mostrar-mos a nossa indignação, de fazer-mos chegar a quem-de-direito as nossas discordâncias, e outras formas de demonstração de desagrado/indignação, sem quem com isso a nossa mesma liberdade colida com a liberdade dos outros (direito fundamental). Ora para reforçar o que atrás referi deixo aqui algumas perguntas:

Será que as empresas de transportes públicos do estado tratam assim tão mal os seus funcionários em termos salariais? 
Será que estes senhores têm consciência que além de prejudicar o país e a empresa, estão a contribuir para um mau estar pior dos utentes, que massacrados com as medidas de austeridade ainda têm que os aturar com as suas "habituais greves" e os prejuízos que delas advêm?

Será que estes senhores uns "privilegiados desde sempre" não entendem que a crise também se deve a eles, aos seus gestores e às regalias que beneficiaram durante anos, que faz com que as empresas tenham prejuízos de milhões, e sejamos todos nós a pagar?


Hoje virado para os transportes, um dia destes para outra qualquer área, uma coisa é certa estamos como estamos por diversos e variados erros e devaneios, políticos, de gestão e outros, mas agora e na altura de pagar a factura, sejamos coerentes e tenhamos noção que ninguém poderá abster-se de dar o seu contributo, muito menos quem mais beneficiou e contribuiu  para a situação em que nos encontramos.


Até sempre...