O culto do "eu"

Numa sociedade desprovida de valores, onde se misturam e deturpam atitudes, formas de ser e estar, onde querem obrigar a aceitar como normal e natural o que não o é, mesmo assim, continua ainda a subsistir uma "espécie em vias de extinção" , na gíria popular as chamadas "pessoas bem"Para esta espécie rara, a "palavra" ou o "aperto de mão" , selam contratos, fecham negócios, comprometem-nos em direitos e obrigações, fazem as coisas de forma desinteressada e dispensam publicidades de si próprios. O cumprimento destas regras, que infelizmente cada vez mais está em desuso, visa a defesa e consecutiva existência daquilo a que se chama "bom nome"ou "pessoa de bem".

Ora mas como referi, trata-se de uma "espécie em vias de extinção". A par desta raridade subsiste uma outra espécie, criada e forjada por esta sociedade medíocre. Esta sim, feita à medida do mundo em que vivemos, e criada de forma a agradar a "gregos e troianos". Quase sempre tem como objectivo principal a criação de uma imagem que cative, que venda, que convença. O resultado final desta "maquilhagem" pode ser um politico, um modelo, um jogador de futebol, ou mesmo um funcionário exemplar. Para estas pessoas, que quase sempre praticam o que eu chamo o "culto do eu", tudo serve e tudo ajuda, preparam cenários, auto-promovem-se, manipulam os mais pobres de espírito, e acima de tudo fazem questão de se auto-elogiarem publicamente.
Estes "artistas manipuladores" e "Santos de pau-oco", cuja preocupação e mostrar à sociedade a sua falsa "boa imagem", não olham a meios para atingir o fim. Julgam os restantes como eles, não têm qualquer pudor na sua caminhada de auto-promoção, pisando tudo e todos, chegando ao cumulo de denegrir a imagem de pessoas idoneas e sériasÉ aqui que "estala o verniz"....cada um é livre de construir a imagem que quer e muito bem lhe apetece, de fazer o que quer da sua vida e de tomar as opções ou orientações pessoas que muito bem entender, sem que com isso claro está interfira com o espaço, a liberdade e a concepção de valores dos outros. As pessoas para o qual o que "dizem os outros" pouco importa, quando tocados ou feridos na sua integridade, por campanhas difamatórias e jogos de propaganda, reagem, reagem porque não pretendem tal como os outros protagonismo ou qualquer tipo de engrandecimento. Reagem porque não admitem que "palhaços" ou "marionetas vaidosas", se sirvam de pessoas cuja educação, conduta moral e restantes valores valem mais que tudo no mundo, não merecendo como tal exposição publica, caluniosa e cheia de falsidades, que apenas tem como fim engrandecer o enorme ego desses praticantes do "culto do eu"
Espero com este post, ter contribuído de uma forma geral, para lembrar que existem pessoas neste mundo, que como "animais sociais" que são, se preocupem com a sociedade, com as pessoas e com o meio onde vivem. Essas pessoas tentam contribuir de forma completamente desinteressada para o bem estar dos outros, não andam "atrelados" ou a "trote" de quem quer que seja, não se elogiam a eles próprios, não promovem campanhas, não cobram nem fazem questão de lembrar vezes sem conta os favores que fazem.
Á espera de comentários(devidamente identificados) a este meu desabafo, despeço-me com o meu até sempre, mas antes aqui fica uma citação de Josemaría Escriva acerca do assunto:

"Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edificio; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra. – Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa."

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