Resignação forçada

Farto de politica, de jornais, de telejornais e de tristes noticias, optei por leituras e pesquisas diferentes daquelas que habitualmente faço, numa pesquisa aleatória sobre pensamentos descobri uma frase sublime escrita por Anatole France (Prémio Nobel da literatura em 1921), que diz mais ao menos o seguinte :" Nada temos a fazer neste mundo senão nos resignarmos. Mas as criaturas nobres sabem dar à resignação o nome de contentamento".
Nunca uma frase, em momento algum, teve tanto significado para mim, estou deveras resignado e como tal contento-me com o que temos....

  • Na falta de alternativas credíveis, prefiro contentar-me com o (des)governo que temos;
  • Pelo vazio de ideias da oposição, fico resignado com as alternativas propostas pelos partidos que nos governam;
  • Iguais por iguais, sou obrigado a contentar-me com o que temos;
Explanando um pouco aquilo que referi nos anteriores itens, quero com isso dizer que continuamos a ver um governo que num dia diz que não quer renegociar a divida, mas dias depois muda de opinião.
Todos os dias assistimos a "jogos de cintura" por parte do PS, que nada de novo nos trazem, pois não nos indicam caminhos, não apresentam propostas e não apontam soluções, para mim não são alternativa mesmo quando dizem que estão prontos para governar. Mais trocas, mais mudanças de cadeiras , novos "boys", não obrigados...
Até os comunistas, os defensores dos cortes, das igualdades, aqueles que são contra reformas chorudas, contra o despesismo, etc, vê-se agora que afinal  e tal como os outros "dinossauros" não rejeitam umas boas reformas, mesmo com idades tão precoces como aquelas de 48 anos tornadas publicas estes dias, que ricos exemplos.....
Blocos de esquerda que querem correr com a Troika, mas que afinal ainda não disseram qual a alternativa para o estado de endividamento em que nos encontramos...
Também não são as greves em período laboral que nos vão ajudar, muito pelo contrario, vão ajudar a afundarmos e a fragilizar cada vez mais este país moribundo.
Admito contudo que em Portugal, e nos nossos partidos ainda existe gente capaz de pegar neste pais e dar-lhe a volta. Através de uma união de esforços (completa utopia em meu ver), encontraríamos o caminho para o tão desejado rumo de viragem, que nos levaria à saída da crise. Até lá, fico limitado a contentar-me com esta resignação forçada.....Até sempre

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