Portugueses de 1ª e 2ª

Eu já sabia à muito que existiam portugueses de primeira e de segunda, mas daí a fazerem as coisas à descarada como está a acontecer nos Açores vai uma diferença enorme.
Nem de propósito, e logo a seguir ao meu anterior post, onde não escondi o facto de estar em desacordo com a greve geral, não por discordar com as razões que levavam à mesma, mas pela situação em que o país se encontra, mas,  neste caso não posso deixar de tecer algumas considerações, e estabelecer uma ligação ao assunto "greve", digo mais até, não existirá neste caso dos Açores um motivo de "força maior" para tal ?? 
Para que não subsistam dúvidas relativamente ao referido post anterior, eu não sou de modo algum totalmente contra as greves, ou outro meio de expressar a indignação, o desacordo ou outra qualquer forma de expressar a não concordância com situações ou acontecimentos. Muito menos sou contra sindicatos ou outras organizações que existam para defender e apoiar trabalhadores por exemplo em situações de injustiça ou desigualdade de tratamento.
Neste "caso dos Açores", fico deveras espantado pela total apatia daqueles que por muito menos, já se teriam manifestado muito mais e se calhar já teriam partido para outras formas de luta, no meu entender com "toda a razão do mundo". 
Não me espanta a atitude do governo, nem sequer a de alguns candidatos à presidência da republica que em vez de se manifestarem de forma coerente, apenas se preocupam com "agradar a gregos e troianos", e ainda criticam quem de forma responsável, tem a coragem de manifestar publicamente a sua opinião de desacordo com a medida.
Deixemos-nos de hipocrisias e de popularidades baratas, a acontecer o que está previsto nos Açores, será para os colegas funcionários públicos do Continente e da Madeira em igualdade de circunstancias uma completa falta de respeito, de consideração e um completo atentado contra a igualdade de direitos.
Se esta tomada de posição acontecesse na Madeira será que as coisas ficavam assim ??
Aja coragem e acima de tudo respeito por quem trabalha, funcionários públicos ou não, de uma forma geral todos os portugueses estão a sofrer com as medidas impostas, quer através de  cortes nos salários, cortes nos abonos de família, aumento nos descontos para IRS, etc, por isso, não podemos admitir que alguns "chicos espertos" se julguem mais que os outros e tentem colocar-se de lado deste enorme esforço que, mesmo sem culpa, nos cabe a todos contribuir.

Já agora, quem irá pagar os cerca de 3 milhões de "compensações" ?? Pelos vistos se não é o contribuinte, serão os governantes dos Açores que o vão "pôr do bolso deles" ?

Até sempre...

Comentários

  1. se fosse na madeira o cavaco nem abria a boca...
    e quanto a essa mania de que os açorianos vivem à custa do continente:
    os Açorianos não andam de Metro, mas contribuem com os seus impostos para pagar 40 Milhões de euros para os Metros de Lisboa e Porto”; “Os Açorianos não andam de comboio, mas contribuem com os seus impostos para pagar 89 Milhões de euros para os continentais andarem de comboio”; “Os Açorianos não andam na Carris nem na STCP, mas contribuem com os seus impostos para pagar 74 Milhões de euros para quem usufrui destes transportes públicos nas cidades de Lisboa e Porto”, “Os Açorianos não utilizam as SCUT’s, mas também as pagam” e “não temos esperanças de vir a beneficiar do TGV, mas também o vamos pagar”.
    são os Açorianos que suportam os custos das indemnizações compensatórios devidas para efeitos de serviço público de transporte aéreo inter-ilhas, por exemplo, ao contrário do que sucede na Madeira onde o serviço público entre Funchal e Porto Santo é suportado pelo Estado e, nos próximos três anos, vai custar cerca de seis Milhões de euros aos contribuintes nacionais”
    “nos Açores, são os Açorianos que suportam na íntegra os custos de funcionamento do Serviço Regional de Saúde e o sistema público de ensino. Ou seja, estes serviços, para não enumerar outros, não custam um cêntimo aos contribuintes do Continente”.

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