A galinha dos ovos de ouro

"Era uma vez dois agricultores, um "rico" e um "pobre" que descobriram uma galinha de "ovos de ouro" e resolveram partilha-la através de uma sociedade. Numa dada altura o agricultor "rico" vendo que a galinha continuava a pôr ovos sem conta, e com perspectivas para pôr cada vez mais, resolve a todo o custo comprar ao agricultor "pobre" a parte deste na sociedade com a dita galinha. O agricultor "pobre" mesmo na miséria tenta a todo o custo manter a galinha em sua posse, pois mesmo vendendo-a por uma fortuna, no futuro quando esta começar a pôr mais e mais ovos serão todos para o agricultor "rico", perdendo assim a médio prazo uma importante fonte de receitas."

Até podia ser com esta historia, que se podia contar a relação da PT e Telefonica relativamente à VIVO. Desta vez (contrariamente ao que geralmente acontece), concordo em pleno com à posição do governo português. Neste caso, e no meu entender estão a tentar defender os interesses de Portugal. 

Finalmente uma empresa portuguesa (ainda por cima com capital estatal) consegue vingar num mercado tão importante como o Brasil. Através de um produto de elevado valor acrescentado, consegue equilibrar as contas graças aos avultados lucros conseguidos com a VIVO. Mas..sempre os mas!? eis que os Espanhóis (lavrador rico), nos querem mais uma vez subjugar e passar para segundo plano, retirando-nos esta enorme fonte de receitas. Concordo com o líder do PSD quando diz que o estado não deve gerir as empresas, mas neste caso especifico e dada a situação em que nos encontramos não nos podemos dar ao luxo de abdicar da nossa participação na VIVO, e deste negocio com um potencial enorme que poderá vir a ser cada vez mais uma enorme fonte de receitas para a PT e para o país.
Quanto ás pressões da comunidade europeia na pessoa do nosso ilustre compatriota, são descabidas não pela situação em causa, mas pelo que não foi feito no passado. Senão vejamos o exemplo que aqui deixo:

• O que fizeram esses senhores para proteger Portugal, nomeadamente nos têxteis e calçado quando se constatou e continua a constatar a entrada desenfreada de produtos produzidos em condições sub-humanas, com mão de obra infantil e onde as questões dos direitos humanos são apenas pura demagogia. Depois claro está tomam conta dos mercados que outrora foram nossos levando à falência milhares de empresas e consequente desemprego em Portugal??

Pois se calhar só interessa intervir em algumas situações, principalmente quando o "alvo" e o mexilhão, como sempre os portugueses....

Relativamente a este negocio li um comentário bastante interessante que dizia: " ...é melhor comer um pudim a meias que um fardo de palha sozinho.."